Por que ainda existe uma resistência do público com o cinema brasileiro?
- Panóptica Multimídia

- 23 de ago. de 2021
- 2 min de leitura
Numa pesquisa recente feita pelo Datafolha em colaboração com o Itaú Cultural, descobriu-se que um terço da população rejeita o cinema nacional. A névoa de má fama que circunda nossa produção audiovisual não é antiga, mas é cada vez mais injustificada. Mostrando-se, conforme explicita a matéria publicada pela Folha de São Paulo, que há, acima de qualquer coisa, um preconceito por parte do público, criado historicamente.
É inegável que, assim como tantas outras coisas, a história do cinema brasileiro é marcada pelo subdesenvolvimento. Essa condição não raro fez com que os nossos filmes - e produção audiovisual em geral - tivessem um aspecto “menos profissional” do que aquelas que vinham de fora, principalmente dos Estados Unidos e da Europa. A escassez de bons materiais, bons microfones, boas películas e até de profissionais com boa formação, de alguma forma caracterizaram a identidade do cinema brasileiro. Na década de 1960, inclusive, esse característico subdesenvolvimento foi entendido por diversos cineastas vanguardistas, tais quais Glauber Rocha, Rogério Sganzerla e José Mojica Marins (o Zé do Caixão), como algo que não deve ser negado, mas sim abraçado e incorporado à nossa identidade estética. A estética da fome, de Rocha, ou o Cinema Marginal, no caso de Sganzerla e do icônico Mojica Marins, - marcado pela frase “quando a gente não pode fazer nada, a gente avacalha” - são alguns dos principais resultados desse pensamento.
Todavia, o atraso técnico não é mais uma realidade para o cinema brasileiro há muito tempo. Hoje, nossos equipamentos e profissionais nada deixam a desejar quando comparados com a produção estrangeira. Produções como a série da Netflix 3%, entre tantos comerciais, longas metragens e novelas, provam que o nosso audiovisual não é mais caracterizado pelo som chiado e pela má qualidade da imagem. Mas nossa produção ainda é estigmatizada. Por quê? De alguma forma, pode-se dizer que o cinema brasileiro tem uma “crise de relações públicas”, onde o passado ainda assombra o presente. Isso soma-se aos esforços de desmobilização da produção nacional por parte de grupos de interesse no país que ainda entendem a produção audiovisual brasileira como o que foi nos anos 1980, marcados pelos filmes eróticos da pornochanchada.
O que o cinema brasileiro passa não é novidade para muitas empresas e figuras públicas, que não raro são marcadas pelos feitos de administrações passadas, por escolhas equivocadas. Nesse momento, entra a comunicação corporativa, ferramenta imprescindível para comunicar ao público a nova postura e o novo ramo que busca-se seguir.
A Panóptica Multimídia, além de fazer parte dessa produção audiovisual brasileira que nada deixa a desejar quando comparada com a estadunidense e europeia, está pronta para pensar em soluções para a imagem da sua empresa que permitam você assumir as rédeas da própria história.




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