O Audiovisual e as mudanças
- Panóptica Multimídia

- 2 de dez. de 2021
- 2 min de leitura
Atualizado: 10 de jul.
A criação do cinema é datada em 1895, quando os franceses irmãos Lumiére, projetaram um filme pela primeira vez em um café em Paris. Desde então, a arte, que se tornou linguagem, que se tornou meio, sofreu diversas mutações. Algumas dessas tamanhas a ponto de tornarem o que nós vemos hoje nos Reels e no Kwaii quase incomparável, numa primeira leitura, com aquela primeira projeção no café em 1895.
Os meios não poderiam ter mudado mais, a tecnologia é cada vez menos física no que diz respeito ao audiovisual. Antes grandes trambolhos apoiados em tripés imprimiam imagens no nitrato, depois na celulose, passando pela fita magnética, pelos CDs e hoje quase sem vínculo no mundo físico. O que é registrado pelas câmeras, sejam as de 1895 ou de 2021, guarda, todavia, muitas semelhanças.
Entre as coisas mantidas está, sem dúvidas, o ímpeto pelo registro do dia-a-dia. Talvez num gesto muito próximo ao das pinturas rupestres, os irmãos Lumiére decidiram gravar o trem chegando na estação, famílias gravam seus pequenos aprendendo a andar desde a década de 1960 - quando a Super 8 foi lançada - e em qualquer For You Page do Tik Tok vemos pessoas registrando e compartilhando fatos mundanos e inusitados do seu cotidiano.
No Tik ToK, o jovem Francis Bourgeois (@francis.bourgeois) compartilha seu hobby com 1,5 milhões de seguidores: a prática do trainspotting, o hábito de observar e identificar diferentes variedades de trens. Com auxílio da câmera de seu celular e de uma GoPro acoplada à sua cabeça, Francis registra os trens que encontra e sua reação ao vê-los passar - algo parecido com o que Louis e Auguste Lumiére fizeram em A Chegada de Um Trem Na Estação, mas com um aparato tecnológico que eles nem sonhariam. A perspectiva distorcida e cômica que a GoPro próxima ao rosto do rapaz inglês talvez seja algo que os irmãos franceses nem conseguissem conceber - assim como os movimentos rápidos, capazes de seguir o movimento do trem, que a câmera do celular permite. Provando que, apesar da fixação com o registro do comum, do cotidiano, o audiovisual mudou e continuará a mudar enquanto houver inovações tecnológicas.
A linguagem que nasceu do ímpeto de traduzir a vida em luzes e sombras continua, agora em pixels, a capturar a vida, capturar humanos em encenações ou não, em cenários reais ou virtuais, prestando suas homenagens à vida e suas diversas maneiras de ser vivida.
A Panóptica Multimídia está preparada para capturar na maior quantidade de pixels possível, toda a vida que cabe dentro da história, dos funcionários e da cultura da sua empresa. Entre em contato para descobrir como podemos incluí-la na história da evolução tecnológica e da fixação no cotidiano que é a do audiovisual.





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