A relação da Fotografia e a Arte

Quem nunca foi a um museu de arte moderna e ouviu algum espertinho falando “Ah, eu poderia ter feito isso”? Sem dúvidas, as últimas tendências da arte moderna voltaram principalmente as artes plásticas para um rumo mais abstrato. Mas você já se perguntou por que?

Primeiramente, é evidente a diferença da arte do século XVII, XVIII ou até XIX quando comparada com o que vemos hoje nas bienais e galerias de arte. Nesse momento há uma tentativa muito maior de que as pinturas fossem realistas, ou seja, fidedignas ao aquilo que percebemos com nossos olhos. Todavia, tudo isso é mudado em 1826, quando a primeira fotografia é tirada na França. Lógico, que até a popularização da invenção muita coisa aconteceu, todavia, é inegável que esse novo aparelho, capaz de “capturar” a realidade, virou o mundo das artes plásticas de cabeça para baixo.

Até então, as pinturas e esculturas eram, entre outras coisas, voltadas para o registro. Registro de grandes acontecimentos, de reis e rainhas, de pessoas importantes e até mesmo de tragédias. Com a existência da fotografia, porém, a pintura se torna obsoleta para esse uso, uma vez que agora existe um aparelho capaz de não apenas registrar a realidade de uma maneira muito mais fidedigna, como também fazê-lo em muito menos tempo.

É nesse contexto que surge o impressionismo. Movimento das artes plásticas voltado para registrar mais a luz e a atmosfera de uma cena do que propriamente os elementos presentes. Mas as coisas só se tornam realmente abstratas depois que Marcel Duchamp surge, no barril de pólvora que era a Europa do início do século XX, com sua Fonte, a Roda de Bicicleta e o Porta Garrafas, dando início à era das vanguardas europeias. Nesse momento, pouco importará o realismo, ou a complexidade técnica das obras, mas sim a profundidade conceitual dessas.

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A Panóptica Multimídia tem muito orgulho de através dessa tecnologia centenária, a fotografia, fazer parte dessa história que revoluções técnicas e artísticas.